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Google remove jogo "Simulador de Escravidão" após repercussão nas redes

Jogo simulava a exploração e tortura de escravos; loja de aplicativos continha comentários racistas

Imagem da noticia Google remove jogo "Simulador de Escravidão" após repercussão nas redes
Simulador de Escravos estava na loja de aplicativos da Google há pelo menos um mês. Redes sociais repercutiram o jogo | Reprodução/Google Play Store
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Um jogo no qual o usuário simulava ser dono e explorador de escravos foi removido no começo da tarde desta 4ª feira (24.mai) da loja de aplicativos Google Play Store após protestos nas redes sociais.

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Intitulado "Simulador de Escravidão", o jogo permitia que o jogador explorasse o escravo para ganhar pontos, além de permitir algumas formas de tortura.

O jogo propunha duas dinâmicas -- a tirana e a libertadora. Na primeira, a ideia é lucrar e impedir fugas e rebeliões dos escravos; no segundo módulo, seria lutar pela liberdade e chegar à abolição.

Jogo estava disponível na loja de aplicativos da Google há um mês | Reprodução/Google Play Store

Na loja de aplicativos da Google, o jogo já tinha sido baixado mais de mil vezes e continha mais de 70 comentários -- em sua maior parte comentários de cunho racista e outros que lamentavam que o jogo tinha poucas funções de tortura. Um dos comentários reclama que poderia ter a "opção de açoitar o escravo". O jogo estava na loja de aplicativos há pelo menos um mês.

Comentários na loja continham cunho racista e lamentos por não ter "opções de tortura" | Reprodução/Google Play

Na descrição do jogo a empresa MagnusGames, produtora do aplicativo, que o jogo tem "foi criado para fins de entretenimento". "Condenamos a escravidão no mundo real", relata o texto.

Após o jogo viralizar nas redes sociais, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) que fará uma representação contra a empresa que desenvolveu o "Simulador de Escravidão".

Jogo tem dois modos: tirano, para explorar os escravos; e o libertadora, para levar os escravos a abolição | Reprodução/Google Play Store

"Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até as últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis. A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital", disse o parlamentar em sua conta na rede social, reforçando também a regulamentação das empresas de tecnologia.

A Google foi procurada pela reportagem do SBT News e disse que a empresa tem um conjunto de políticas que busca manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. E ainda em nota, reforça que não permite que os aplicativos promovam violência ou incitem o ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou etnia, ou que retratem ou promovam violência gratuita. Confira a nota abaixo na íntegra.

"O aplicativo mencionado foi removido do Google Play. Temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas".

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