Moradoras denunciam vizinho por assédio em São Paulo
Ocorrências em condomínios subiram 300% na capital paulista
Luciano Teixeira
Em São Paulo, as ocorrências de conflitos entre moradores de condomínios subiram 300% neste ano, se comparado com o período pré-pandemia. Os dados são da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios da cidade. Depois de acionar a polícia, uma moradora decidiu denunciar também, nas redes sociais, a perseguição que vem sofrendo de um vizinho.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O pedido de ajuda foi colocado na sacada de um prédio na zona sul de São Paulo. Há dois anos, Denize Kaluf é assediada por um vizinho que mora no edifício em frente. Para fugir das ofensas, ela começou a se esconder dentro da própria casa. "Eu passo rapidamente pra ele não me ver", conta.
Denize registrou dois boletins de ocorrência e reclamou com o síndico e a administradora do prédio vizinho, mas as ofensas continuaram.
Segundo os moradores, o homem tem um histórico de importunação só com mulheres. Kathia Hofmann, que mora no mesmo prédio que ele, também foi vítima de assédio. "Ligava o interfone e desligava, ligava e desligava. [...] Ele ligava 2h30, 3h da manhã", relata a gerente administrativa.
As situações de importunação e assédio, que aumentaram 300%, não são de responsabilidade somente do morador que comete esse tipo de crime. O síndico e a administradora podem ser processados caso se omitam em resolver o problema.
"O condomínio deve convocar uma assembleia e deliberar uma ação, até em caso extremo de expulsão do condôminio, considerando esses atos", explica o advogado condominial, Diego Basse.
Leia também: