Chacina de Osasco (SP): ex-PM e guarda civil são absolvidos em júri popular

O ex-cabo da Polícia Militar Victor Cristilder e o Guarda Civil Municipal Sergio Manhanhã foram absolvidos e inocentados pelo júri popular depois de se tornarem réus pela Chacina de Osasco e Barueri, considerada a maior do estado de São Paulo. A sentença foi lida pela juíza Élia Kinosita Bullmann.

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O crime aconteceu em 13 de agosto de 2015 e resultou em 17 mortes e 7 feridos. Uma das vítimas foi baleada 40 vezes nas costas.

Eles já tinham sido condenados em um primeiro julgamento. A pena somada dos dois chegava a mais de 200 anos de prisão. Porém, em 2019, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou as sentenças, pois entendeu que a decisão dos jurados foi contrária às provas nos autos do processo.

O julgamento durou cinco dias e, por conta dos protocolos de combate ao coronavírus, não houve plateia nem a presença da imprensa. Os, agora, inocentados, estão livres depois de permanecerem mais de cinco anos presos. Os familiares e advogados dos réus celebraram a decisão, enquanto uma representante de parentes das vítimas afirmou que a absolvição dá "aval para ter outra chacina", disse Zilda Maria de Paula.

Vingança motivou chacina

Oito vítimas estavam em um bar quando os assassinos chegaram ao local atirando. As execuções, de acordo com investigações, apontam que o crime foi cometido por vingança depois da morte de um PM e um guarda civil municipal seis dias antes da chacina.

A denúncia aponta três policiais e um guarda exercendo atividade paramilitar. Dois integrantes do grupo que cometeram as mortes seguem presos.