Com aprovação da urgência, Cajado defende atual texto da nova regra fiscal
Relator quer manter proposta apresentada por ele e espera aprovação com folga na próxima semana
Lis Cappi
Passada a aprovação da urgência ao projeto das novas regras fiscais defendido pelo governo, as expectativas se voltam para o conteúdo da proposta, que será analisada pela Câmara dos Deputados na semana que vem. A expectativa da base do governo e do relator do projeto, Cláudio Cajado (PP-BA), é de que o texto será aprovado com facilidade. O que ainda se negocia, e que Cajado defende, é que a medida siga sem mudanças, dando continuidade ao relatório apresentado por ele.
"Espero que as pessoas compreendam que todas as alterações que fizemos têm um motivo", disse Cajado nesta 4ª feira (17.mai). "Construímos relatório que não foi apenas das minhas ideias e opiniões, foi do coletivo, do conjunto da Câmara dos Deputados. Perseguimos incansavelmente desde o extremo do lado direito ao lado esquerdo até o ponto de equilíbrio", completou o relator.
Cajado também disse não ter dúvidas da aprovação e celebrou o resultado sobre a urgência que passou em plenário nesta 4ª. A proposta foi aprovada com 367 votos favoráveis e 102 contrários. Apenas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se absteve de votar.
"Não tenho dúvida que a Câmara fará na votação da matéria, demonstrando com mesma votação, que o que fizemos de forma coletivizada. Será muito benéfica para atacarmos através da política fiscal a votação a política monetária da queda de juros", declarou o deputado.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), classificou como "extraordinária" a votação da urgência e disse que o resultado foi maior do que o esperado por ele: "Eu calculava em torno de 350, 360 votos". Guimarães também defendeu o texto de Cajado, afirmando que "todo governo se envolveu na construção desse relatório".
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"Nossa expectativa é que na próxima terça-feira ou quarta-feira a gente possa concluir e iniciar o terceiro passo que é a reforma tributária, outro gigante passo para que possa consolidar, dá estabilidade, previsibilidade, confiabilidade para o nosso Brasil", afirmou Guimarães.