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Quaest: 64% avaliam que tragédia no Rio Grande do Sul é fruto de mudanças climáticas

Levantamento diz que 78% já enfrentaram (ou ainda enfrentam) calor extremo; 96% acreditam que intensidade de fenômenos naturais tem aumentado

Quaest: 64% avaliam que tragédia no Rio Grande do Sul é fruto de mudanças climáticas
Chuva no Rio Grande do Sul | Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) aponta que 64% dos entrevistados avaliam que chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul são frutos de mudanças climáticas. Para 30%, a alterações no clima têm ligação "em partes" com a tragédia no RS. Os temporais no estado já deixaram 107 mortos e afetaram mais de 1,47 milhão de pessoas.

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Levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais (p.p.) e ouviu 2.045 pessoas em 120 municípios, de 2 a 6 de maio. Para 5% dos entrevistados, há "um pouco" de ligação com mudanças climáticas, enquanto 1% não acredita nessa tese.

Poluição industrial e desmatamento aparecem empatadas como causas de mudanças climáticas para 29% dos entrevistados. Outros 22% apontaram a ocupação desordenada nas cidades, 20% o uso de combustíveis fósseis e somente 1% não soube apontar uma causa.

Quando questionados sobre serem afetados por desastres ambientais, 78% disseram que já foram impactados por calor extremo. Enquanto o RS sofre com fortes chuvas, sete estados da região central do Brasil estão em alerta vermelho – ou "grande perigo" – para altas temperaturas desde segunda (6).

+ Inmet emite alerta vermelho para onda de calor em 7 estados do Brasil; saiba mais

Enchentes ou inundações foram enfrentadas por 44% dos entrevistados, e 36% disseram ter sido afetados por deslizamentos.

Em 2023, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) informou que desastres naturais atingiram 93,3% dos municípios brasileiros de 2013 a 2023 (5.199 das 5.570 cidades do Brasil).

Segundo a pesquisa, 96% avaliam que a intensidade de fenômenos naturais tem aumentado. Somente 4% discordam dessa visão. As ocorrências que mais preocupam os brasileiros são: enchentes (21%), calor extremo (16%), falta de água (15%), desmatamento (14%) e contaminação da água por poluição (10%).

Já quanto às iniciativas para proteger o meio ambiente, 23% dos entrevistados dizem que "preservar áreas verdes e regenerar as degradadas" pode ser eficiente. Na outra ponta, apenas 6% acreditam que "avanços tecnológicos e científicos" sejam válidos. "Educar a população sobre proteção do meio ambiente" foi apontado por 17%.

Estudo técnico sobre desastres

De 1º de janeiro de 2013 a 5 de abril de 2022, a CNM, com dados do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres (S2ID) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), localizou em estudo técnico 54 mil decretações de anormalidades. Foram 93,3% dos municípios brasileiros afetados.

Somente para queixas de seca e estiagem, foram 22 mil ocorrências, representando 41%. Depois, vêm doenças infecciosas, com 28% (15 mil), e, em terceiro lugar, as chuvas, com 4.457 ocorrências, ou 8% desses decretos.

Foram 7.589 registros de desastres ou de situação de calamidade pública com moradias danificadas/destruídas (mais de 2 milhões) no período de 10 anos (2013 a 2023). Somente a região Sul respondeu 3.051 desses registros, o que representa 40%.

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