Peixes voltam a aparecer mortos em lagoa afetada por desabamento da Braskem em Maceió
Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas recolheram novas amostras da água para avaliar possível contaminação
Pescadores denunciam a mortandade de peixes na Lagoa Mundaú, em Maceió, onde uma mina de sal-gema da Braskem desmoronou, no mês passado. É a segunda vez que os animais aparecem mortos no local.
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Nesta 3ª feira (09.jan), técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas estiveram no local para recolher amostras da água para avaliar possível contaminação. Os resultados devem ser divulgados em duas semanas.
A Braskem informou que as avaliações de especialistas da Universidade Federal de Alagoas não indicaram, até o momento, alteração no padrão da água.
Os pescadores seguem proibidos de acessar a região da Lagoa Mundaú, próximo às minas, que ainda estão sendo fechadas. Ao todo, 35 foram abertas nos últimos 40 anos. A perfuração dos poços fragilizou o solo em cinco bairros da capital alagoana, e o afundamento do terreno obrigou a retirada de 60 mil moradores.
O Governo Federal anunciou, em dezembro, um benefício de R$ 2.640 aos 6 mil pescadores e marisqueiros do Mundaú, mas o dinheiro ainda não foi liberado. "Essa proposta que disseram que iam dar esse dinheiro, aconteceu que foi bloqueado porque ai foi desastre ambiental, e quem tem que responder isso é a Braskem, mas até agora nada", concluiu o pescador Ivanildo do Amo Divino.