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Cinco das 10 vítimas de incêndio em pousada são enterradas em Porto Alegre

Nenhum familiar compareceu ao velório coletivo de quatro das vítimas

Cinco das 10 vítimas de incêndio em pousada são enterradas em Porto Alegre
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Cinco das 10 vítimas do incêndio que destruiu uma pousada em Porto Alegre foram enterradas neste sábado (27). Os corpos das outras pessoas passaram por uma coleta de DNA.

Nenhum familiar compareceu ao velório coletivo de Silvério Roni Martin, Dionatan Cardoso da Rosa, Julcemar Carvalho Amador e Maribel Teresinha Padilha. Os quatro eram acolhidos pela Fundação de Assistência Social e Cidadania. Uma funerária, parceira da fundação, cedeu os caixões.

O corpo de Anderson Gaúna foi velado pela família durante a manhã. Leo Voigt, secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, acompanhou a cerimônia.

"São pessoas que fizeram a escolha de mudar de a sua vida e no meio do caminho nós tivemos essas perdas e ainda estamos consternados por faltar a identificação de cinco falecidos", disse o secretário.

Eles estavam entre os 10 mortos na pousada Garoa, no centro de Porto Alegre, na madrugada de sexta-feira (26). 30 hóspedes estavam no prédio no momento do incêndio, 16 eram pessoas em situação de rua. Das 15 vítimas feridas, quatro seguem internadas, uma em estado grave.

O SBT conversou, com exclusividade, com um morador de uma das unidades da rede. Ele paga um aluguel de R$ 650 para um quarto individual. O homem reclama da instalação elétrica e revela que precisou trocar uma mangueira de gás vencida.

"Tava vencida desde 2012. Antes de eu trocar, eu pedi para que os porteiros ali fizessem a solicitação. Uma semana não houve retorno. Eu mesmo fui lá e comprei a mangueira, as braçadeiras e troquei, porque já fazia mais de 12 anos que estava vencida", conta.

Antes de se hospedar nesta unidade, ele visitou a pousada que incendiou: "eu achei bem abandonado, bem atirado, muito sujo, um local muito escuro. Muitas pessoas, então, não achei legal o ambiente, muita escuridão".

A prefeitura de Porto Alegre anunciou que a partir de segunda-feira (29)começa uma força-tarefa para vistoriar as pousadas da rede Garoa, responsáveis por parte do atendimento assistencial, que desde 2020 fornece leitos para abrigar pessoas em situação de rua. A Defensoria Pública vai acompanhar as visitas e já ouviu denúncias de alguns moradores na sexta.

"As pessoas fizeram relatos bastante chocantes das condições da clínica e isso agora vai ser apurado evidentemente, vai ser comprovado por meio de outros elementos pra defensoria ajuizar as ações, pra defensoria garantir os direitos das vitimas e tomar medidas preventivas também para que isso nao se repita mais", afirma o defensor Rodolfo Lorea Malhão.

Esta não é a primeira vez que a empresa se envolve em um episódio como este. Em 2022, um incêndio atingiu uma unidade no centro, matou uma pessoa deixou 11 feridas.

A associação dos familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia de Santa Maria se manifestou nas redes sociais se solidarizarando com os envolvidos no incêndio de Porto Alegre. O grupo ainda fez um alerta sobre a importância da fiscalização e alvará de funcionamento.

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