Mulher desaparecida é encontrada enterrada no quintal; marido confessa o crime
O homem foi preso e disse que resolveu cortá-la em pedaços porque o corpo não caberia no terreno
SBT News
O corpo de Cláudia Gonçalves de Moura, de 51 anos, foi encontrado enterrado e esquartejado no quintal da própria casa onde morava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, por agentes da Delegacia de Homicídios. Ela estava desaparecida desde o último dia 4 de julho. A cuidadora de idosos já estava sendo procurada pelo setor da Delegacia de Descoberta de Paradeiros.
Um dia antes de ter desaparecido, a mulher tinha brigado com o marido. Na manhã seguinte, Cláudia não apareceu para trabalhar. O celular dela estava desligado. Segundo a polícia, durante a investigação, o marido informou que a mulher tinha saído cedo para trabalhar e não voltou mais.
Mas a polícia comprovou que ele mentiu. Os parentes de Cláudia descobriram que o homem estava com o celular da vítima e foram denunciá-lo na 54ª DP (Belford Roxo). A família de Cláudia também encontrou uma mensagem dela em áudio para o marido, a respeito das agressões que sofria.
"Vou ter que fazer exame da minha cabeça pra ver o que que tá pegando, se é sinusite ou se é alguma coisa na minha cabeça. Que depois que você deu a pancada na minha cabeça, na parede, ficou pior, entendeu? Você é um homem agressivo, entendeu?", disse Cláudia, na gravação.
Um outro trecho de áudio deixa claro que Cláudia Gonçalves sofria agressões há muito tempo.
"Você não sabe conversar. Bebe. Tanto é agressivo com palavras, como gesto. Eu tô cansada disso. Você já me machucou uma vez, duas vezes. Como que eu vou falar com uma pessoa que só me maltrata?", completou.
O marido dela, o pedreiro José Carlos Martins Esperidião, foi preso após sair do trabalho, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio, a caminho da casa da sobrinha, em Fazenda Botafogo, na Zona Norte, local onde estava desde o sumiço da esposa.
Em depoimento, o marido de Cláudia confessou o crime. Disse que teria esfaqueado a companheira, após uma discussão por causa de uma suposta traição dela. José afirmou ainda, que, ao perceber que a mulher estava morta, resolveu cortá-la em pedaços, porque o corpo não caberia no pequeno espaço do quintal.
O corpo de Cláudia Gonçalves está no IML. O homem teve a prisão temporária expedida pela Justica por suspeita de ter cometido os crimes de feminicídio e ocultação de cadáver contra a companheira.