Suplicy interrompe reunião do PT para defender renda básica: "Não fui convidado"
Vereador, que faz 81 anos nesta 3ª, cobrou Mercadante e disse que vai lutar enquanto estiver vivo

Guilherme Resck
O vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT), ex-senador da República, interrompeu o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, no evento de lançamento das Diretrizes do Plano de Governo da chapa Lula-Alckmin, em São Paulo, nesta 3ª feira (21.jun), para defender a renda básica de cidadania. Na ocasião, Mercadante agradecia pessoas presentes no evento, como juristas, economistas, representantes de centrais sindicais e lideranças religiosas, quando Suplicy se posicionou à frente de onde falava e lhe entregou um documento com a proposta para implementação do benefício. A intervenção de Suplicy, um dos fundadores do PT, foi feita no dia em que ele comemora 81 anos.
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Após a entrega, o vereador fez um rápido discurso. Ele relembrou que a renda básica foi instituída pela Lei 10.835/2004, de sua autoria, "aprovada por todos os partidos, sancionada pelo presidente Lula e está no programa do PT há muitos anos, todo ano". "Eu acho que tem alguma coisa a ver comigo [a não implementação]", completou.
Ainda no discurso, Suplicy sugeriu, em tom de indignação, que não havia sido convidado corretamente para o evento desta 3ª e disse que continuará "trabalhando muito para que Lula e Alckmin instituam [definitivamente] a renda básica de cidadania" enquanto estiver vivo.
Às falas do vereador, Mercadante respondeu: "Agradeço muito a sua apresentação. Eu de fato não tive como acompanhar o convite de todas as pessoas. Só olhar o tamanho do plenário. Nem era a minha função. Em relação às propostas, hoje é o início de um processo. Você vai ter chance de discutir. Mas para entrar no programa de governo nós vamos ter que ter um debate aprofundado. Como nós recebemos 51 propostas, a sua uma delas, e vai ser discutida com a coordenação no momento oportuno".
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