Contra Orçamento, servidores planejam mobilizações para esta semana
Auditores da Receita entram em greve na 2ª; no BC, há previsão de entrega de cargos comissionados

SBT News
As ações contra o reajuste exclusivo aos policiais, aprovado no Orçamento de 2022 pelo Congresso, devem ganhar mais força nesta semana. Auditores da Receita Federal anunciaram que entrarão em greve a partir desta 2ª feira (27.dez). Além deles, outras categorias, como a dos servidores do Banco Central, preparam ações para reivindicar aumento salarial e reestruturação de carreira.
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Uma debandada de cargos de chefia, semelhante a da Receita Federal, deve ser confirmada pelos servidores do BC nos próximos dias. Em comunicado divulgado neste fim de semana, o sindicato da categoria informou que mais de 800 servidores aderiram a uma lista que nega funções comissionadas. Os servidores também indicam mobilizações para 2022, com o intuito de defender o reajuste salarial e ir contra a reforma administrativa.
Na última semana, carreiras da área jurídica, como a de magistrados, divulgaram comunicados que pressionam o governo para um reajuste salarial entre os cargos públicos. Em linhas gerais, os servidores questionam a razão de apenas um grupo específico, o de policiais, ter sido beneficiado com aumento de salários. O Orçamento do próximo ano destina R$ 1,7 bilhão para esses profissionais de segurança.
O governo Bolsonaro tem um tempo definido para definir reajustes às carreiras públicas: até março do próximo ano, devido ao período eleitoral. Durante a live na última semana, o presidente disse que todas as categorias merecem aumento, e negou ter dado o benefício a apenas policiais. O líder do Executivo defendeu, no entanto, a atuação das carreiras de segurança.
"A Polícia Rodoviária Federal tem batido recorde de apreensão de drogas", disse. "Também a polícia penal tem um trabalho enorme e tem seu salário que está lá embaixo", declarou.